Inteligência Artificial do Google pode prever quando um paciente irá morrer.

Os recentes avanços de inteligências artificiais e suas aplicações surpreendem a cada dia. Em recente estudo publicado na revista Nature, ensaios com dados de dois hospitais conseguiram mostrar que os algoritmos poderiam prever o tempo de permanência, o momento de alta de um paciente e além disso poderiam prever o tempo de vida até a morte do paciente.

Claro que tudo isso são apenas testes, mas pode abrir uma janela para uma aplicação que - ao contrário do que possa parecer - ajudaria a aumentar o tempo de vida de um paciente. Com uma previsão de evolução das condições de cada paciente pode-se decidir melhor qual é o de maior urgência, quais mudanças no tratamento podem alterar esta previsão e ainda se antecipar a emergências antes até que elas ocorram, melhorando assim o tratamento.

O algoritmo organiza eventos anteriores dos registros de cada paciente em uma linha do tempo, o que permite a criação de um modelo identificando resultados futuros, incluindo a hora da morte. A rede neural inclui até notas manuscritas, comentários e rabiscos em gráficos antigos para fazer suas previsões em tempo cada vez mais curto. 

Mas o acúmulo de tantos dados pessoais em um único modelo preditivo pertencente a uma das maiores corporações privadas do mundo é uma solução, mas não é atraente. Os registros eletrônicos de saúde de milhões de pacientes nas mãos de um pequeno número de empresas privadas poderiam permitir rapidamente que o Google os utilizassem como indústria de medicamentos e se tornassem um monopólio na área da saúde. Tudo isso indica que uma regulamentação neste setor deverá acontecer, mas o que normalmente ocorre é que antes da regulamentação vem o avanço tecnológico e não hea como alterar esta ordem.