O Sentido da Vida - Certeza e Arrogância - por Fausto Ferreira

Artigo

10 Março, 2020

Caso se queira uma vida sem sentido algum, é só abraçar essas duas forças, porque elas irão garantir o seu isolamento social.

Claro, dessa forma e na contramão da história, pessoas que se consideram certas e arrogantes, apenas ridicularizam as outras pessoas, por não se sintonizarem com suas pseudo-inteligências e perspicácias.

Considerando que o volume e a velocidade das inovações, hoje em dia, são avassaladores, não dá mais para acreditar em verdades absolutas, já que tudo muda muito rápido e transforma o conhecimento, decretando o fim das certezas.

Levando em consideração que o mundo está em plena transformação e estamos vivenciando o compartilhamento, a aprendizagem e o trabalho em grupo, o empreendedorismo, a economia consciente e tantas outras formas de convivência, podemos constatar que acabou a era do bloco do "Eu Sozinho". 

Sim, é fazer junto, que importa.

O momento nos chama para o desenvolvimento da habilidade de construir relacionamentos, para uma convivência social harmônica e frutífera para todos.  

Alguém pode dizer - Isso é uma utopia!

Já está mais que provado, que os resultados alcançados, onde temos o envolvimento de vários cérebros pensantes e diversos é sempre, superlativamente maior do que o resultado que alcançaríamos sozinhos.

Construir relacionamentos, requer flexibilidade, humildade, respeito e compreensão.

A flexibilidade possibilita o conhecimento daquilo que é diferente, a outra perspectiva e o novo conhecimento que se descortina, tornando-nos cada vez mais criativos. Deixe de lado o padrão, as práticas antigas, o mind set arraigado e os preconceitos.

Só aprende quem é humilde, aquele que tem a capacidade de dizer - não sei. Somente essa postura humilde poderá abrir as portas para aquilo que há de mais novo, em termos de aprendizagem, que é o Lifelong Learning (aprendizagem ao longo da vida). Aprender o que tiver que aprender, para aplicar e continuar aprendendo.

Respeitar o outro implica em uma atitude e comportamento de acolhimento, pois todos somos seres humanos em convivência. Quando temos ética, o respeito é genérico, não precisamos conhecer o outro para respeitá-lo. Como exemplo posso citar a utilização de um ambiente, de uso comum, que a partir das condições que o deixamos, poderá ou não ser utilizado por outro, vide os banheiros em restaurantes, aeroportos, rodoviárias e tantos outras localizações de uso geral.

Compreender o outro, a nova oportunidade que está à nossa frente ou os fenômenos contemporâneos é o mais puro que podemos dar de nós, para que o outro possa nos enxergar como genuinamente iguais e plenos da mesma possibilidade de ação e entendimento. Nesse processo de auto desenvolvimento, nós é que deveremos dar o primeiro passo e, a partir daí, estabelecermos uma relação de confiança com o nosso interlocutor. A reciprocidade virá a partir da nossa primeira ação nessa direção.

Portanto, não há mágica. 

Nosso grande desafio é o de construirmos relacionamentos saudáveis e edificantes para todos.

O tal mundo melhor, que almejamos, começa a ser construído a partir de nossas ações, no núcleo de convivência que temos hoje, que poderá garantir o mundo melhor em nossas Cidades, em nossos Estados, em nosso País e por que não, no planeta.