Mercado e Consumo - A nova experiência de compras - por Antônio Sá

Que uma coisa seja dita: nunca foi tão conveniente ser consumidor. Hoje, temos os mais diversos tipos de lojas físicas disponíveis, das grandes às pequenas, em shoppings, ao lado de casa, as que vendem aquilo que você gosta com uma variedade incrível e as que possuem um pouquinho de tudo que você gosta. 

A grande mudança que já vem se desenhando ao longo dos últimos anos e que tomou um enorme impulso em 2020 é que tudo pode chegar até o cliente sob a forma que lhe for mais conveniente. O pedido pode ser feito por mensagem do WhatsApp, por uma ligação, por meio de um aplicativo ou ainda através de alguns poucos cliques em um e-commerce.

Nunca o mercado ficou tão complexo. Todo mundo tende a vender diretamente ao consumidor final. Esse é o caso das grandes indústrias de bens de consumo e, também, dos antigos atacados que estão virando atacarejo - formato que atende bares, restaurantes, mercados e lanchonetes, mas também atende ao consumidor final. Empresas de varejo convencionais estão sendo desafiadas por empresas de Market Place que vendem de tudo e entregam na casa do consumidor. 

Com o advento da pandemia, tudo isso foi acelerado pelo fato de que os clientes tiveram que fazer inúmeras compras sem sair de casa e receberam, portanto, uma carga enorme de aprendizado tecnológico e criaram novos hábitos de compra, que duvido muito que voltarão ao que era antes ao final de toda essa situação de pandemia.

O cliente agora pode comprar na loja física ou online e receber em casa ou retirar na loja. Pode pedir por um aplicativo e buscar em um centro de recebimento de compras mais próximo. 

As redes de lojas físicas estão correndo como nunca para desenvolver tecnologias que respondam às novas necessidades de serviços. Fizeram parcerias com empresas de aplicativos de entregas, que possibilitam vendas que seriam perdidas, porém com um custo adicional. Estão aprendendo a usar as suas lojas para funcionar como mini centros de distribuição.

A eficiência dessas operações pode alçar a vendas enormes um novo player do mercado, como pode arruinar empresas antigas que não souberem entender e se transformar para a nova realidade do mercado, forjada pelos novos comportamentos de compra do consumidor e por concorrentes potencializados por tecnologia.